- De acordo com a atividade solicitada, a mesma pediu que analisássemos o PPP da nossa escola. No entanto, ao pedir o PPP o único documento que me foi passado foi o Plano Global Participativo da Escola, pois a supervisora disse que era o único documento que tinham no momento. Acredito que a equipe deve estar em fase de elaboração do PPP da escola, visto que o mesmo é citado dentro do Plano Global “Participativo”. Nossa escola até possui intenções nobres em relação à avaliação. Eu, particularmente, avalio tudo o que o meu aluno produz ao longo do ano. Desde a organização, a forma de interagir em grupo, a construção do um pensamento crítico, enfim. No entanto, sei que algumas de minhas colegas não o fazem, ainda praticam a docência nos modos tradicionais. Realmente temos os momentos de auto-avaliação e o conselho participativo onde explicitamos em conjunto nossas construções e falhas, visando uma melhora em todo o processo de ensino-aprendizagem. Por outro lado, ainda existem as normas de avaliação que atribuem um valor quantitativo ao conhecimento. Concordo com o texto quando o mesmo se refere à classificação do aluno em parâmetros de conhecimento, quando a ele é atribuída uma nota. Sendo assim, são necessários muitos ajustes na nossa escola. Ainda me questiono muito em relação à falta de hegemonia entre os profissionais da nossa escola. Sei que nossa autonomia é algo imprescindível, no entanto, não cabe mais à escola permitir que ainda exista um tipo de educação nos modos tradicionais, ou seja, assim como existem profissionais excelentes há aqueles que ainda persistem em tentar impor o conhecimento como se este fosse algo inerente somente ao professor, onde o aluno não tem voz nem vez.
Portanto, a avaliação é um processo contínuo e muito subjetivo. Precisamos repensar nossas práticas e chegarmos a um denominador comum, onde possamos enxergar a construção do nosso aluno como o fator essencial em todo o processo de ensino-aprendizagem.
Já em relação ao currículo, segundo o texto, o ideal, em termos de PPP, o mesmo deveria contemplar um ensino com vistas à construção de conhecimentos e valores ao longo da vida escolar. No entanto, a realidade não condiz bem com tais preceitos, ou seja, na maioria das escolas o Regime Seriado visa somente à transferência de conhecimento para a inserção no mercado de trabalho. Esse é o caso da minha escola, embora os objetivos estabelecidos no documento que analisei sejam bem colocados. Na prática a realidade é outra. Concordo com o texto em relação ao Regime Seriado, o qual dispõe de um ensino separado em disciplinas, privilegiando um tipo de conhecimento, o qual não é compartimentado. Um tipo de ensino que se arrasta desde o Iluminismo e a Revolução Industrial, segundo Fritjof Capra (1982, p. 28)
[...] o método científico é a única abordagem válida de conhecimento; a concepção do universo como um sistema mecânico composto de unidades materiais elementares; a concepção da vida em sociedade como uma luta competitiva pela existência; e a crença do progresso material ilimitado, a ser alcançado através do crescimento econômico e tecnológico.
Portanto, a racionalidade não é o único caminho a ser seguido se quisermos construir uma sociedade mais justa e digna, com novos valores que não sejam o progresso material ilimitado e “cego”. Uma sociedade democrática e com menos desigualdades. A Comunidade Escolar não pode prescindir de novos valores na formação de seus alunos na hora de elaborar o seu PPP.
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